domingo, 14 de agosto de 2011

14 AGO 2011 - Mais estudos...


ESQUINA DA PADARIA...



PRAÇA DA IGREJA...

CLIQUEM NAS IMAGENS PARA AMPLIAR!

Bem... continuo estudando locações para minha história.
Primeiro de tudo quero esclarecer algo: muitos acham pernóstico o uso do termo "graphic novel" que eu uso aqui. No meu ponto de vista existe diferença sim, entre a HQ comum e a Graphic Novel, ou novela gráfica, se quiserem. No meu modo de entender a diferença reside na característica do texto. Vou tentar explicar. Quando eu pensei em fazer esse trabalho, o fiz pensando nos contos que eu escrevo. Tenho um livro publicado, "Os Comedores de Vidro", tenho um prontinho pra sair do forno e para ser publicado também, chamado "Ouvido absoluto". Diferentemente dos quadrinhos tradicionais que pressupõe ação o tempo todo, um final moral e uma série de características identificadoras, a novela gráfica é a exposição quadrinizada da história literária que tem outras características, mais psicológicas, comportamental, etc.
Importa que o padrão para o desenho é o mesmo: transformar as cenas em imagens e contar essa história com essas imagens.
Bom... é isso!

Uma pequena explicação para a insistência com que eu tenho publicado esses estudos aqui. Preciso fazê-los porque o meu nível de exigência é grande. Quero que os desenhos fiquem bons, e o que foi publicado aqui, até agora, são estudos, apenas isso.
Lembro uma pequena história acontecida comigo:
Em 1970, quando comecei a frequentar a EBA/UFMG, na tentativa de emprego fui bater às portas do jornal "Estado de Minas", mais precisamente na seção dominical chamada "Gurilândia". Falei com o diretor da época, André Carvalho, que, insensível disse na minha cara que eu não era bom e que eu não servia para o jornal. Mais paciente e delicado, um desenhista chamado Christiano me levou à sua mesa e mostrou a HQ que fazia e que seria publicada no domingo seguinte. Com ele aprendi que a ambientação da história é importante, a pesquisa de época, quando o texto assim o exigir, e o cuidado, sempre, com as características físicas dos personagens principais. Ele me dizia que era difícil desenhar as ambientações externas, dando-me como exemplo, uma cidade do interior com suas características diferentes de uma grande metrópole. A coisa é tipo assim, ambientações para cada parte da história: se o personagem vai à uma padaria comprar pão, é preciso pensar nessa "padaria", se o personagem ou outro elemento da história enxerga uma rua como um grande plano é preciso pensar nos detalhes como os prédios, as árvores, os carros (de acordo com as épocas), com a perspectiva correta, principalmente. Uma história em primeiros planos, ou planos fechados seria muito monótona, isso ele me ensinou. E é por isso que insisto tanto, agora, nesses estudos. Primeiro tenho que recuperar a mão numa coisa que eu não fazia há muito tempo, segundo que meu nível de exigência é muito forte!
E por aí, eu vou. Com certeza, publicarei muito aqui ainda, até fechar as minhas histórias.

Noto que meus visitantes não comentam muito esses desenhos. Como ajuda, seria bom ler suas opiniões, afinal o que faço aqui é testar possibilidades. Apreciaria, portanto, as opiniões de todos.

3 comentários:

  1. Olá, Mestre!
    Conforme o e-mail que lhe enviei, fiquei bastante empolgado em saber que estás trabalhando numa novela gráfica!
    Como disse também, pode contar comigo para o que precisar!
    Meu orientador fazendo quadrinhos! Nossa! Era o que eu sonhava!
    Há um bom tempo venho "cantado" o Geraldo para que ele produzisse uma HQ, desde os tempos em que eu editava a Areia Hostil!
    Parabéns, Geraldo!

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  2. mal posso esperar pelo dia em que os estudos virarão um livreto palpável. será lindo!

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  3. O termo graphic novel também é bom para caracterizar histórias em quadrinhos maduras, com histórias mais densas e de conteúdo adulto, distinguindo-as das histórias em quadrinhos infanto-juvenis.

    No Brasil, aliás, grande parte da população ainda se refere equivocadamente a qualquer tipo de HQ como "GIBI"; uma denominação que surgiu e que só deveria ser usada para se referir a quadrinhos infantis como os da Turma da Mônica... Um retrato do baixo nível de conhecimento e interesse que o povo brasileiro tem por essa linguagem maravilhosa.

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